Saudade.

Era tão pequeno que cabia na palma da minha mão. Chorava pelo simples fato de chorar. Quando o adotamos mal parava em pé de tão pequeno e frágil que era. Atendeu pelo nome logo que o chamamos. Desde pequeno adorava passear na cestinha da bicicleta. Tinha pânico de agua, até quando ligava a torneira da cozinha ele se escondia, mas mesmo com este medo entrou no rio e nadou porque não ia ficar na beirada sozinho. Era o mais fiél de todos. Adorava andar de moto e passear por toda cidade. Teve uma pneumonia e mesmo assim se curou. Não fazia as necessidades dentro de casa mesmo se tivesse encerrado. O hobby favorito era comer bolachinhas de mel ou simplismente bolachinhas doces. Era mais que um cachorro, era como se fosse gente. Nestes dois anos nunca desobedeceu uma ordem que dessem, até parecia cachorro treinado. Na rua nunca precisou de coleira de tão obediente que era. Era briguento com os outros cães mas um doce com a gente. Ele sabia que era especial, e com isso conquistava todos a sua volta. Tinha um nome: Fumaça e vários apelidos, Fu, Fuzinho, Fuzica, Nego e Neguinho. Tinha tudo para ser um pitbull, mas não passava de um vira lata. Adorava pegar a bolinha, jogar futebol, correr pelo patio e dormir dentro de casa.
Fumaça  tu foi o melhor cachorro que qualquer pessoa poderia ter. Agradeço pelos momentos felizes  que teu jeito brincalhão nos proporcionou. A dor de te perder é inconsolável e sufocadora ao mesmo tempo. Chorar por um cachorro pra muitos até parece tolisse ou futilidade, mas só quem convive com um desde pequeno, só quem acordava todas madrugadas com o chorinho de um filhote inseguro com fome, só quem amou demais um animal como se fosse gente, sabe o tamanho da dor de perder um dos seres mais especiais da sua vida. Fuzinho, obrigada pelo simples fato de você um dia ter existido em nossas vidas. EU TE AMO HOJE E SEMPRE!!!